Governador de Amambay diz não confiar em investigação sobre a morte do irmão

Em coletiva na manhã desta segunda-feira (23), após a morte do prefeito de Pedro Juan Caballero, José Carlos Acevedo, o governador de Amambay, Ronald Acevedo, afirmou que "não espera nada" dos investigadores do caso do atentado que tirou a vida do seu irmão.

A família Acevedo analisa ainda o futuro na política e em breve anunciarão se continuam ou se retiram de cargos eletivos. "Não tenho confiança no que eles podem fazer, não fizeram nada com o caso da minha filha e do jeito que estão, acho que não vão fazer nada pelo meu irmão"," disse o governador do departamento de Amambay.

O político confessou que não espera mais nada das autoridades encarregadas de investigar o crime de seu irmão, pois mesmo quando tenta se comunicar com elas, elas não atendem o telefone.

Ele disse que não confia na Polícia, na Força Tarefa Conjunta (FTC) ou na Secretaria Nacional Antidrogas (Senad). Estas instituições estão agora estacionadas em Amambay como uma "equipe de elite", dedicada a combater os ataques na cidade e investigar o assassinato de José Carlos Acevedo.

Relativamente à sua conversa telefónica com o Presidente da República, também não obteve qualquer esperança, disse o governador, porque, segundo ele, o presidente lhe disse que "não sabia o que fazer" frente ao crime organizado. "Ele é o menos indicado para ter esse pensamento, deveria buscar ajuda de países estrangeiros ou o que for para resolver esse problema a tempo", criticou o governador.

Ele ressaltou que o Congresso Nacional pode fazer muito pelos cidadãos de Amambay. "Eles têm o poder de pressionar o governo nacional, pedir respostas."

Além disso, assegurou que a família não tem problemas em entregar o celular do prefeito falecido, e que se não o estão fazendo agora é porque não querem que os dados sejam alterados, pois segundo ele, já foi feito na investigação sobre o ataque à sua filha.