Pai e filho são presos por comércio ilegal de armas em Campo Grande

Um terceiro envolvido não foi localizado pela Força Tática da PM

Pai e filho, de 56 e 19 anos, foram presos na tarde deste sábado (17), após a Polícia Militar descobrir que eles, juntamente com um terceiro de 47 anos, comercializavam de forma ilegal armas de fogo e mantinham um arsenal clandestino, em dois imóveis localizados no Lageado e Centenário, em Campo Grande.

À polícia disse que chegou à residência do pai e filho, na Rua Maria Del Horno de Samper, depois que o pai foi flagrado no Bairro Dom Antônio com seis munições de calibre 357. Questionado sobre as munições, ele disse “minha casa caiu senhor”, confirmando que comercializava armas e munições, juntamente com seu filho.

No imóvel, ambos indicaram que as armas e munições estariam guardadas em um balde sobre um balcão na varanda da casa.

Os policiais militares da Força Tática, pertencente ao 10º Batalhão, apreenderam duas pistolas de calibre nove milímetros, um revólver calibre 357, além de 36 munições calibre 9 mm e outras 15 munições calibre 357. No quarto de um dos autores foi localizada uma carabina calibre 357 encostada da parede. Também foram recolhidos R$ 9,8 mil em espécie provenientes da comercialização ilegal das armas de fogo.

O pai ainda contou aos policiais que as vezes faz serviço de armeiro e utiliza uma oficina de um comparsa, responsável em contrabandear armas e munições do país vizinho, Paraguai, e que repasse à eles para revenderem.

Em diligência até o local, na Rua Santa Quitéria, foram apreendidas outras armas de fogo, sendo três espingardas sem calibre definido, adaptadas com ferrolho e customizadas para o calibre 22. Também, foram apreendidas 248 munições calibre 22, 126 munições calibre 12, 50 munições calibre 17, 20 munições Gauge 20, seis munições Gauge 32, 26 munições Gauge 36, 22 munições calibre 44 e 72 munições calibre 357, além de dois carregadores de pistola sem calibre definido.

Foram localizados ainda seis lunetas para armas longas, potes espoletas e balins de chumbo voltados à fabricação de munições. O comparsa não foi localizado pelos policiais, mas teve seus dados pessoais identificados.

Ainda conforme registro policial, os detidos informaram que usavam os seus celulares para combinar compra e venda das armas e munições, sendo os aparelhos apreendidos.

O caso foi registrado na Central de Flagrantes junto a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol, no bairro Tiradentes.