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Operação Jazida: Dracco faz buscas em empresa que superfaturou em obras de asfalto

A Operação Jazida, desencadeada pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) nesta sexta-feira (26), realizou buscas em uma empresa que realiza obras públicas no município de Bataguassu, região Leste de MS, com bloqueio e apreensão de mais de R$ 1 milhão em bens.

Por Redação em 26/04/2024 às 09:06:53

Foto: Midiamax - UOL

A Operação Jazida, desencadeada pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) nesta sexta-feira (26), realizou buscas em uma empresa que realiza obras públicas no município de Bataguassu, região Leste de MS, com bloqueio e apreensão de mais de R$ 1 milhão em bens.

Segundo as autoridades policiais, as investigações se concentram em fraudes na execução de contratos de obras de asfaltamento na cidade, especificamente na rodovia conhecida como Reta A1, Porto XV. A obra, que teve início no começo de 2022, ainda não foi concluída. O Dracco destacou a descoberta de uma fraude significativa relacionada à extração de terra utilizada na obra.

De acordo com o Dracco, a empresa responsável escavou e retirou volumes substanciais de terra de uma jazida irregular, localizada em uma propriedade privada próxima à obra. A irregularidade da jazida pode ser confirmada até mesmo por imagens de satélite, evidenciando o volume de terra extraído.

Após perícia, constatou-se a extração de cerca de 14.300mÂł de terra, que deveria ter sido obtida de uma jazida regular no município. Isso resultou em um superfaturamento do contrato de pelo menos R$ 728.544,65, pois a empresa cobrou não apenas pela extração irregular, mas também pelo transporte do material como se tivesse sido retirado da jazida regular, localizada a mais de 20 km de distância, conforme previsto no orçamento.

Além disso, a empresa solicitou vários aditamentos ao contrato, aprovados pela Prefeitura Municipal, totalizando mais de 5 milhões de reais. No entanto, mesmo com os aditamentos, a obra permaneceu incompleta. Durante as diligências realizadas pela equipe policial, não foram encontradas evidências de qualquer obra em andamento.

Para aprofundar as investigações, foram solicitadas medidas cautelares contra a empresa investigada e seus sócios. Os mandados foram cumpridos em Campo Grande, visando obter elementos de prova que esclareçam os fatos.

A polícia investigará todas as circunstâncias da contratação da empresa pela Prefeitura, incluindo possíveis irregularidades cometidas por servidores públicos envolvidos nos processos. Além das buscas, foram realizados bloqueios de valores nas contas bancárias dos investigados e restrições nos veículos da empresa e de seus representantes, a fim de evitar a dissipação do patrimônio.

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