Nesta quinta-feira (07), a Justiça de Campo Grande concedeu liberdade provisória aos empresários Edson Barbosa de Araújo, de 62 anos, e Máximo Pana Aranda, de 59 anos. Ambos foram detidos em flagrante na quarta-feira (06), sob suspeita de receptação de produtos furtados, durante uma operação da 3ª Delegacia de Polícia Civil da Capital. O caso faz parte de uma investigação de um esquema de receptação e estelionato, que teria prejudicado ao menos três empresas.
Edson Barbosa, proprietário do estabelecimento Alemão Conveniências, e Máximo Aranda, empresário no setor de chiparias, foram liberados após o pagamento de fiança, no valor de 10 salários mínimos (R$ 14.120,00) cada, conforme a decisão do juiz Valter Tadeu Carvalho, que homologou a prisão. A liberdade dos empresários está sujeita a uma série de condições.
Condições para a Liberdade Provisória
Além do pagamento da fiança, o juiz determinou que os empresários mantenham seus endereços atualizados no processo e compareçam a todos os atos processuais. A liberdade provisória poderá ser revogada caso eles descumpram qualquer uma das seguintes condições:
Ausência em atos do processo;
Obstrução do andamento do processo;
Descumprimento de eventuais medidas cautelares;
Resistência a ordens judiciais;
Prática de novas infrações penais;
Ausência prolongada de mais de oito dias de sua residência sem informar onde poderão ser encontrados.
Defesa dos Acusados
Máximo Pana Aranda é representado pelo advogado Nikollas Breno de Oliveira Pellatt, que afirmou ao JD1 Notícias que seu cliente foi enganado e é vítima de estelionatários. Pellatt defende que Máximo desconhecia a origem ilícita das mercadorias e foi vítima de fraude. "O Máximo nega qualquer culpa, e ao analisar o inquérito é possível ver que ele também foi vítima de um golpe. No decorrer do processo, vamos provar que ele também é vítima dessa quadrilha", declarou o advogado.
Lucas Ribeiro Gonçalves Dias, advogado de Edson Barbosa, argumenta que seu cliente agiu de boa fé. Segundo o defensor, Edson possui nota fiscal e documentação referente às mercadorias adquiridas. "Ele não assumiu em nenhum momento que sabia que era produto de furto. Vamos demonstrar que ele também é vítima de fraude", afirmou Dias.