Campo Grande registra sexto feminicídio de 2025; mulher foi agredida e teve corpo queimado

Por Redação em 02/03/2025 às 09:38:29

A morte de Giseli Cristina Oliskowiski, de 40 anos, pode ter sido motivada por uma discussão com o então namorado, Jeferson Nunes Ramos, conforme apontam as investigações preliminares da polícia. O crime, ocorrido na tarde deste sĂĄbado (1Âș), em Campo Grande, foi registrado como feminicídio, tornando-se o sexto caso do tipo em Mato Grosso do Sul em 2025.


Segundo o boletim de ocorrĂȘncia, o casal se desentendeu em uma residĂȘncia localizada na Rua Filipinas, no bairro Aero Rancho. Quando a equipe do 10Âș Batalhão da Polícia Militar chegou ao local, o autor jĂĄ estava contido por populares.


Sobrinhos de Jeferson disseram à polícia que o homem confessou ter agredido Giseli após a vítima lhe desferir trĂȘs tapas no rosto. Em resposta, ele jogou uma pedra na cabeça da mulher, que ficou desacordada. Na sequĂȘncia, o corpo foi colocado em um poço desativado e incendiado. A dinâmica exata dos fatos e o tipo de combustível utilizado para provocar as chamas ainda não foram revelados.


Campo Grande registra sexto feminicídio de 2025; mulher foi agredida e teve corpo queimado

Testemunhas relataram que as brigas entre o casal eram frequentes e que ambos seriam usuĂĄrios de drogas. O local foi isolado para a realização da perícia criminal, e o Corpo de Bombeiros auxiliou na retirada do corpo, que estava parcialmente carbonizado.


A delegada Patrícia Peixoto Abranches, da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), atendeu a ocorrĂȘncia e acompanhou os procedimentos. Jeferson foi levado à Deam, onde ficou algemado por ter resistido à prisão. Ele apresentava lesões superficiais nos pés, que alegou terem sido causadas por trabalho anterior.


O caso foi registrado como homicídio qualificado com emprego de fogo, tortura na forma tentada, violĂȘncia doméstica e feminicídio.


Campo Grande registra sexto feminicídio de 2025; mulher foi agredida e teve corpo queimado

Feminicídios em MS

Giseli Cristina Oliskowiski, que era dentista, é a sexta vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul em 2025. O primeiro caso ocorreu em 1Âș de fevereiro, em Caarapó, quando Karin Corin, de 29 anos, foi morta a tiros pelo ex-companheiro, que também assassinou a amiga da vítima antes de cometer suicídio.


No dia 18 de fevereiro, Juliana Dominguez, de 28 anos, foi morta a golpes de foice em Caarapó, supostamente pelo companheiro, que acabou preso no dia seguinte.


A jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, foi assassinada pelo ex-noivo em 12 de fevereiro, horas após solicitar uma medida protetiva.


Em 22 de fevereiro, Mirieli Santos, de 26 anos, foi baleada pelo ex-marido em Água Clara. O autor fugiu após levar a vítima ao hospital.


No dia 24 de fevereiro, Emiliana Mendes, de 65 anos, foi encontrada morta em uma quitinete em Juti. O autor foi preso em flagrante enquanto tentava fugir pela BR-163.


A série de crimes evidencia a necessidade de reforço nas políticas de prevenção e combate à violĂȘncia contra a mulher no estado.

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