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Mesmo após bronca do Planalto, ministro da Previdência volta a criticar anti reforma

Por Redação em 30/01/2023 às 23:12:22

O presidente do PDT e ministro da PrevidĂȘncia, Carlos Lupi, declarou nesta segunda-feira, 30, que vai reunir o Conselho do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para discutir a reforma da PrevidĂȘncia Social, realizada em 2019, no governo de Jair Bolsonaro. "Não posso fazer decreto, memorando, nem portaria para acabar [com a reforma]. Queremos discutir, debater. Que democracia é essa em que se nega debater?", disse Lupi, durante evento na Força Sindical. "Tudo tem que ser debatido. Não pode ser só debatido como o dinheiro pĂșblico serve para patrocinar e financiar as grandes empresas. Na hora que o dinheiro pĂșblico vai para o trabalhador, para o aposentado, é um dinheiro pĂșblico que é demagogia. Na hora que ele vai para os grandes grupos empresariais, é investimento", acrescentou. Não foi a primeira vez que o ministro criticou a reforma previdencial. Em sua posse, no Ășltimo dia 3, ele chamou de "antirreforma" as mudanças estruturais realizadas na gestão Bolsonaro. Sua fala fez a Bolsa de Valores cair 2% e desencadeou a primeira crise no PalĂĄcio do Planalto. Tanto é que Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, desautorizou-o. "Não hĂĄ nenhuma proposta sendo analisada e pensada neste momento para revisão de reforma, seja previdenciĂĄria ou outra", disse o ex-governador da Bahia.

Outro polĂȘmico assunto abordado por Lupi durante o encontro com sindicalistas foi a volta do imposto sindical. A contribuição deixou de ser obrigatória em 2017, no governo de Michel Temer. "Eu, como ministro, fiz a legalização do imposto sindical. Apanhei que nem cigarro na boca de bĂȘbado, mas estou aqui. Por quĂȘ? Porque não existe sindicalismo forte sem recursos para ajudar esse sindicalista. Como vai ter protesto se não tem dinheiro para pegar ônibus? Acabe com o sistema patronal que eu topo acabar com o trabalhador. Por que o patronal tem o sistema S, que é imposto, e o trabalhador não pode ter? Sistema capitalista tem que ser igual para todo mundo", declarou o pedetista, que jĂĄ havia sido ministro do Trabalho e Emprego nos governos Lula (segundo mandato) e Dilma Rousseff (primeiro mandato).

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