Assembleia do povo Guarani e Kaiowá repudia ação da PM em desocupação de área

Em nota divulgada à imprensa, a Aty Guassu, conhecida como Grande Assembleia do povo Guarani e Kaiowá, repudiou a ação da Polícia Militar, ocorrida neste sábado (8), em Dourados, alegando que houve tortura e prisão arbitrária, a mando do interesse privado na área grilada. O grupo ocupava um terreno particular, na tentativa de impedir a construção de um condomínio de luxo.

A nota diz que “a Aty Guassu vem, por meio desta, pedir socorro às autoridades do Direito e da Defensoria Pública da União e Defensoria do Estado. Pois, o Tekoha Yvu Verá reivindicando por nossa população e liderança é Terra Indígena ancestral e tradicional Kaiowá e Guarani antes mesmo da existência de empresas racistas que compram ilegalmente terras para fazer especulação imobiliária, expropriar a mão de obra de nosso povo para construção de condomínios com alto índice de concentração de renda, o que causa o aprofundamento da desigualdade social de Dourados, racismo ambiental, fome, falta de políticas públicas para população Guarani e Kaiowá e todos os sofrimentos e adoecimento mental da população indígena Guarani Kaiowá“.

O grupo de dez indígenas foram presos por equipes da Força Tática e do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Com o grupo foram apreendidos uma arma de fogo de calibre 22, facas e facões, além de diversos rojões e um colete balístico.

Dentre os presos, o ex-candidato a governador de Mato Grosso do Sul, Magno Souza, também foi levado para delegacia prestar esclarecimentos sobre a ocupação, conforme o site Dourados News.