Os resultados foram divulgados nesta segunda-feira (10), mas a ação ocorreu no último sábado (8), quando a PMA-MS (Policia Militar Ambiental de MS), em Campo Grande realizou uma fiscalização em possível criadouro de animais, no caso galo, para comercio também irregular e de crime ambiental. O local foi denunciado e pela PMA confirmado, que era duas propriedades, até grande, onde havia criação de aves para rinha, popularmente conhecida como ‘briga de galo’.
Conforme a PMA, no decorrer da fiscalização, foram visualizadas mais de cem aves, sendo que algumas estavam soltas no terreno, mas a maioria delas encontravam-se confinadas em gaiolas. Os policiais viram ainda que diversas aves não possuíam recipiente com água e comida, e alguns animais estavam mutilados, tendo seus esporões retirados.
“Ao questionar a testemunha, que estava acompanhando a fiscalização, sobre os animais e os materiais encontrados, o homem informou e confirmou que são utilizados para o treinamento de combate e que os galos são preparados para lutas”, relatou a PMA.
Ainda, foi constatado que alguns galos possuíam anilhas fixadas em suas asas de forma grosseira e que, ao questionar o proprietário, este informou que serviam para identificar as aves. “Entretanto, tal procedimento só é permitido ser realizado por profissionais médicos-veterinários. No local também foram encontradas seringas, tesouras e agulhas, materiais que, a princípio, são utilizados para intervenção cirúrgica”, registrou a policia ambiental.
Prisão
De acordo com a PMA, diante dos fatos, foi dada voz de prisão ao autor e que ainda foi autuado administrativamente em R$ 50.000,00.
Segundo local
A PMA, estava ainda em mãos, com outro denuncia semelhante e em vistoria ao lote vizinho, que também constava na denúncia, foi verificado que o mesmo, também se tratava de outro criadouro de aves com as mesmas condições. “Alguns animais se encontravam sem alimento e água, alojados em gaiolas em um cômodo fechado com pouca iluminação e sem arejamento natural”, disse a PMA.
A fiscalização ainda registrou ter observado que no local havia vários frascos de medicamentos como anti-inflamatório, polivitaminico, inseticidas, assim como petrechos utilizados para treinamento de combate com os galos para brigas.
Dessa forma, o proprietário do segundo lote recebeu voz de prisão pelo crime de maus-tratos a animais e foi autuado administrativamente em R$ 35.000,00.
Além disso, foram apreendidos diversos medicamentos utilizados para tratamento de dor, petrechos como buchas (espécie de luvas para os pés do galo), biqueiras (protetores de bico), rebolo (aparato tipo ringue).