Quando o assunto é o icônico programa de TV Chaves, é difícil não ser tomado por uma onda de nostalgia. Porém, o mais recente desdobramento fora das telinhas tem sido menos sobre risadas e mais sobre uma disputa legal.
Florinda Meza, a viúva de Roberto Gómez Bolaños – a mente brilhante por trás de Chaves e Chapolin –, está processando os responsáveis pela série biográfica do comediante.
A polêmica veio à tona após a TV Azteca revelar que Maca Rotter, anteriormente ligada ao Grupo Televisa na divisão de licenciamentos, levou adiante o projeto sem o consentimento da família Bolaños.
A alegação principal de Meza é que Rotter expôs detalhes íntimos da vida do casal, o que poderia causar um "dano moral irreparável".
O núcleo da questão parece girar em torno do controle narrativo.
"A série é sobre Bolaños, mas evidentemente a história dele não pode ser contada sem Florinda Meza", expressou Mariana Olascoaga, advogada de Meza, destacando a importância de retratar fielmente a vida do casal, que compartilhou 37 anos juntos.
Roberto Gómez Bolaños morreu aos 85 anos em 28 de novembro de 2014 devido a uma parada cardíaca.
Hoje com 75 anos de idade, Florinda Meza, que é viúva há quase uma década, se sentiu invadida com a produção da série e o conteúdo sobre sua família sem antes solicitarem seu consentimento.
Série do Chaves
A série, intitulada O Chespirito: Sem Querer Querendo, encontra-se sob o risco de cancelamento se as partes não chegarem a um consenso.
O imbróglio judicial também envolve THR3 Media Group, Perro Azul, Warner Bros. e Max, além de Roberto Gómez Fernández, filho do comediante, chamados a responder no processo.
Enquanto a produção aguarda uma resolução, imagens de Pablo Cruz Guerrero como Chaves já foram compartilhadas pela Max, aumentando a curiosidade e expectativa do público.
O elenco inclui também interpretações de figuras icônicas como Ramón Valdés e Carlos Villagrán, prometendo trazer à vida os amados personagens de uma das séries mais queridas da televisão mundial.
A expectativa é grande, mas a questão que permanece é: a série conseguirá ser lançada sem desrespeitar o legado e os direitos de Florinda Meza e da família Bolaños?
Ainda não se tem resposta para essa pergunta. Enquanto isso, o caso continua a gerar debates e a atrair atenção para a complexa relação entre propriedade intelectual, direitos biográficos e a indústria do entretenimento.